Jesus vai para o céu e nos dá uma missão



 Queridos irmãos e irmãs em Cristo, estamos celebrando o Domingo da Ascensão do Senhor aos céus. Aqui vamos celebrar um acontecimento que marca o início da missão da Igreja no mundo com todos os batizados. Somos missionários por natureza e desejo de Deus. Não podemos jamais ficar na comodidade de nossas igrejas ou casas sem pensar o que fazer para que o evangelho de Cristo seja propagado em todos os cantos da Terra.

Essa missão de evangelizar é dada por Cristo e ninguém pode deixar isso de lado. O mundo precisa de missionários que vão aonde muitos estão sem ouvir a Palavra da Salvação.

No Livro dos Atos dos apóstolos (At 1,1-11) que tem como objetivo de nos m mostrar que os ensinamento e atos de Jesus estão sendo agora feitos pelas comunidades cristão que vão aderindo a Cristo. 40 dias após a Páscoa,

Isso é um número simbólico que podemos entender como um tempo necessário que nós amadurecemos na fé do Ressuscitado para tornar-se aptos na propagação do Cristo vivo no meio de nós. É a intimidade e os conhecimentos de Cristo que vamos tendo e fortalecendo a fé nele sem titubear nas provações e martírios que seguem os que aderem plenamente no Senhor Jesus.

Agora é necessário que fiquemos na Espera do Espírito Santo que vai sustentar e dar força na missão evangelizadora que segue até hoje. Somos fortes na força do Espírito, na Palavra de Deus e na eucaristia que nos alimenta espiritualmente. Fazemos parte do corpo de Cristo. Seremos testemunhas de Cristo em todos os recantos do mundo. Há muita gente esperando o Evangelho de Cristo que salva.

A Ascensão não termina a missão de Cristo, mas agora a Igreja desponta como estrela guia para novos cristãos autênticos que vão ter uma intimidade com o Mestre e ainda vai repassar tudo que ele ensinou e agiu na pessoa de Cristo em todos os lugares que formos.

Na carta de Paulo aos Efésios (Ef 1,17-23) nos mostra Paulo falando a dimensão da Ascensão como ápice e glória de Cristo. Ele voltará com poder e glória para julgar com misericórdia a todos. A Ascensão nos remete que a humanidade toda estará na glória de Deus com todos os santos e anjos, louvando a trindade eternamente,

O Evangelho de Mateus (Mc 16, 15-20) nos mostra que a nossa missão de batizados é fazer acontecer a Evangelização do mundo. Jesus parte para o céu e nos manda evangelizar a todos na Trindade. Quem crer e for batizado será salvo.

É estar com Cristo, viver o que Cristo diz e fez. Ser autênticos missionários. Muitos esperam palavras, gestos e ações concretas que ajudem a transformar vidas. Devemos ser condutores de vida e de esperança de um mundo justo e igualitário para todos.

Que o banquete da vida seja para todos e assim ninguém fique fora. Pobres, ricos, doentes e marginalizados vão ter vez e voz no banquete da vida que começa na terra e se culmina no céu. A fé e a adesão a Cristo são elementos essenciais para seguirmos de fato o Cristo. Não podemos ficar parados, acomodados e nem ficar numa Igreja íntimos, mas uma Igreja de saída e sinodal aonde devemos ir e seguir.

Que esta Liturgia nos ajude a entender e viver a missão de batizados no mundo que grita por ajuda, socorro e apela a nós para estendamos as nossas mãos a todos que querem ser salvo de um mundo individualista e egoísta.

Que a nossa missão seja a missão de Cristo no mundo. Amém

 Tudo por Jesus, nada sem Maria.

 Jose B. Schumann


Papa: o mundo necessita de esperança! A morte jamais será vitoriosa



Dando prosseguimento ao ciclo de catequeses sobre vícios e virtudes, Francisco falou sobre a esperança, virtude que não emana de nós, mas é um dom que vem diretamente de Deus.

A esperança foi o tema da catequese do Papa Francisco na Audiência Geral desta quarta-feira (08/05), realizada na Praça São Pedro.

Esta virtude teologal é a resposta às perguntas sobre o sentido último do homem. Se o caminho da vida não tem sentido, se no início e no fim há nada, então nos perguntamos por que deveríamos caminhar: é aqui que surge o desespero do homem, o sentimento da inutilidade de tudo, explicou o Pontífice. Se faltar esperança, todas as outras virtudes correm o risco de desmoronar e acabar em cinzas.

Já o cristão tem esperança não por mérito próprio. Se ele acredita no futuro é porque Cristo morreu e ressuscitou e nos deu o seu Espírito. Neste sentido, se diz que a esperança é uma virtude teologal, pois não emana de nós, mas é um dom que vem diretamente de Deus.

“Se acreditamos na ressurreição de Cristo, então sabemos com certeza que nenhuma derrota e nenhuma morte duram para sempre.”

Todavia, a esperança é uma virtude contra a qual muitas vezes se peca, quando, por exemplo, se desanima diante dos próprios pecados, esquecendo que Deus é misericordioso e maior que o nosso coração. “Deus perdoa tudo e sempre, recordou Francisco”. “Peca-se contra a esperança quando o outono apaga a primavera dentro de nós.”

O mundo necessita de esperança

Para Francisco, o mundo de hoje tem grande necessidade desta virtude cristã: "O mundo necessita de esperança". Tanto quanto precisa de paciência, virtude que caminha em estreito contato com a esperança. “Os homens pacientes são tecelões do bem”, afirmou. Desejam obstinadamente a paz e, mesmo que alguns tenham pressa e queiram tudo imediatamente, a paciência tem a capacidade da espera.

E ainda, a esperança é a virtude de quem tem o coração jovem; e a idade não importa aqui. Porque também há idosos com os olhos cheios de luz, que vivem uma tensão permanente em relação ao futuro. O Pontífice então concluiu:

“Irmãos e irmãs, vamos em frente e peçamos a graça de ter esperança, a esperança com a paciência. Sempre olhar para aquele encontro definitivo; sempre olhar para o Senhor, que sempre está próximo de nós. E que jamais, jamais a morte será vitoriosa. Vamos em frente e peçamos ao Senhor que nos dê esta grande virtude da esperança, acompanhada da paciência.”

https://www.vaticannews.va/pt/papa/news/2024-05/papa-francisco-audiencia-geral-virtude-teologal-esperanca.html?utm_source=newsletter&utm_medium=email&utm_campaign=NewsletterVN-PT

Ucrânia, exarca de Kharkiv: terceira Páscoa sob as bombas



O bispo Greco-católico Vasyl Tuchapets oferece um vislumbre da suportação diária do povo à guerra: mantemos as igrejas sempre abertas para que qualquer pessoa possa vir rezar, fazer perguntas, pedir comida. Agradecemos ao Papa, à Itália e àqueles que continuam fornecendo ajuda: um pequeno gesto é suficiente para elevar o moral.

“Está se tornando cada vez mais difícil para nós, representantes da Igreja, apoiar e incentivar as pessoas, porque já estamos no terceiro ano da guerra em grande escala. E tudo isso nos afeta também: somos pessoas normais e sentimos esse fardo como todo o nosso povo. Mas, ao mesmo tempo, percebo como é importante que a Igreja esteja presente aqui, que continue a ajudar tanto quanto possível", disse o bispo Greco-católico Vasyl Tuchapets, exarca de Kharkiv, em uma entrevista à Rádio Vaticano - Vatican News.

A situação em Kharkiv

Enquanto o bispo, juntamente com seus fiéis, está se preparando para celebrar a Páscoa, a terceira em condições de guerra, os bombardeios na cidade e na região não param; na verdade, nos últimos meses, eles se tornaram mais frequentes. “Os lugares habitados que estão mais próximos da fronteira com a Rússia, mais próximos da linha de frente, estão sofrendo mais”, explica o exarca. Algumas pessoas foram evacuadas desses lugares, muitas estão se mudando para Kharkiv. Por exemplo, na última quinta-feira, dia em que distribuímos ajuda humanitária, conversei com um homem que veio de Vovchansk (5 km da fronteira com a Rússia) e ele nos mostrou fotos do que restou de sua casa bombardeada, nada além de uma pilha de tijolos. O homem veio pedir roupas, lençóis, comida e sapatos porque não tem praticamente nada. Em Kharkiv, ele está hospedado no apartamento de seus amigos que deixaram a cidade. Muitas pessoas que se mudaram para cá são forçadas a alugar um apartamento e gastar o pouco dinheiro que recebem do Estado. Não lhes resta muito para comprar alimentos e remédios. Portanto, é uma situação humanitária muito difícil”.

Fiéis participam da solenidade de Páscoa em Kharkiv

A necessidade contínua de ajuda humanitária

Todas as quintas-feiras, portanto, o pátio da catedral greco-católica de Kharkiv ainda está cheio de pessoas que vêm pedir ajuda. O bispo Tuchapets diz que, infelizmente, o Exarcado está recebendo cada vez menos ajuda e, portanto, não pode oferecer às pessoas tanto quanto antes. “Continuamos a dar a eles tudo o que temos. Praticamente, ressalta, só recebemos ajuda da Itália: da paróquia ucraniana de Santa Sofia em Roma, do Esmoler Apostólico, cardeal Krajewski, da Caritas do Exarcado para os católicos ucranianos de rito bizantino na Itália e também da diocese latina de Como. E somos muito gratos a todos eles por isso”.

O clima tenso

Os ataques russos, explica o prelado, têm como alvo principal a infraestrutura. Ultimamente, tem havido problemas com a eletricidade na cidade, que é fornecida por hora. Mas alvos civis são frequentemente atingidos, causando mortes e ferimentos. Por exemplo, há alguns dias", lembra dom Tuchapets, ”dois foguetes caíram perto de um hospital. Felizmente, o prédio não foi atingido, apenas janelas e portas foram danificadas e uma pessoa foi ferida por uma vidraça. Agora o clima está bastante tenso. Apesar de estarmos nos preparando para a celebração da Páscoa, sentimos a tensão, ouvimos sirenes e bombardeios o tempo todo. Algumas pessoas foram embora, especialmente aquelas com crianças, mas não é um fenômeno de massa. Pelo contrário, muitos voltaram do exterior porque dizem que é melhor estar em casa”.

Pequenos atos de caridade ajudam

As pessoas, como ressalta o exarca de Kharkiv, precisam de ajuda. “Nossos vizinhos dizem que quando há um padre, eles se sentem mais calmos. Embora para nós", continua ele, “esteja se tornando cada vez mais difícil apoiar e incentivar as pessoas. E isso também nos afeta: somos pessoas como todo mundo e sentimos o peso dessa situação como todo o nosso povo. Mas a presença da Igreja, dos padres e dos religiosos ao lado das pessoas nesse momento difícil é muito importante. Tentamos fazer o que podemos. Toda semana, muitas pessoas vêm pedir ajuda humanitária e depois expressam muita gratidão. Recentemente, distribuímos doces de Páscoa que nos foram enviados da Itália para as pessoas, e todas ficaram muito felizes em recebê-los. Basta muito pouco para animá-las. O mais importante é demonstrar compaixão uns com os outros, porque as pessoas aqui estão muito estressadas e muitas vezes nos perguntam quando isso vai acabar. É por isso que sempre mantemos as portas de nossa igreja abertas, para que as pessoas possam vir, fazer perguntas, pedir ajuda. E a Igreja deve estar pronta, ter algo para oferecer a elas”.

A luz que penetra a escuridão

Em Kharkiv, assim como em outras regiões da Ucrânia (com exceção das regiões ocidentais), a transmissão da fé de uma geração para a outra foi interrompida durante o regime soviético. A reaproximação das pessoas à fé, iniciada após a restauração da independência, ocorreu gradualmente e ainda não há muitos fiéis praticantes aqui. No entanto, a Páscoa é um dos poucos feriados em que as pessoas vão à igreja, pelo menos para que a paska (pão que é preparado na Ucrânia para a Páscoa) seja abençoada. Dom Tuchapets diz que, embora não seja sólida, a fé também se manifesta por meio dessa tradição. “O importante”, diz ele, “é que a Igreja continue sua missão, continue a fazer gestos de humanidade, porque isso faz com que as pessoas se aproximem da Igreja”.

“Nessa situação de guerra, sofrimento e dor, temos a festa da Ressurreição de Cristo que nos dá esperança, nos dá a luz que penetra nessa escuridão. Cristo sofreu, mas ressuscitou e nos dá a alegria da ressurreição. Desejo que cada um de nós, mesmo neste difícil período de guerra, experimente essa alegria de encontrar o Cristo vivo e ressuscitado e compartilhe essa alegria, esse amor e essa misericórdia com os outros, com aqueles que precisam de nosso apoio e de nossa ajuda”.

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